Esquemas são as maneiras habituais pelas quais vemos as coisas. Cada um de nós avalia as situações de acordo com as crenças que foram construídas ao longo de toda a nossa vida. Tais crenças podem ficar adormecidas por um tempo, até que determinado episódio desperte os pensamentos disfuncionais que nos levam sentimentos desagradáveis.
O término de um relacionamento pode ser um desses gatilhos. Nosso cérebro tem a tendência de fazer as coisas da mesma maneira, e interromper um namoro ou casamento “obriga” o cérebro a pensar diferente: desde elaborar novos planos para o final de semana até refazer o sonho de uma vida. Por causa disso, este evento pode ser traumático. (Não confunda trauma com um evento ruim, trauma é justamente o que modifica este mecanismo automático; ganhar na mega sena, por exemplo, também pode ser uma situação traumática).
Quando acontece esta instabilidade em uma área que já estava acomodada, os esquemas disfuncionais podem vir à tona, através de pensamentos automáticos sobre si mesmo, sobre as outras pessoas e sobre o futuro.
O papel do psicólogo é identificar tais crenças e intervir no conteúdo esquemático e não apenas na situação relatada e nos aspectos descritos pelo paciente. Resolução de problemas, técnicas de regulação emocional, registro de pensamentos automáticos e questionamento socrático são técnicas primordiais para esta fase de reconstrução cognitiva e comportamental.
Aproveite os momentos difíceis para ajudar seu paciente a reestruturar seus pensamentos e crenças!
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