De acordo com Leahy (2011), os transtornos de ansiedade são bastante frequentes. Estima-se que 30% da população será afetada por este mal em algum momento da vida. Segundo Beck, Emery & Greenberg (2005), a ansiedade normal é uma reação frente a um perigo “realista” e se encerra quando este perigo não está mais presente. Já a ansiedade patológica atinge um grau bastante desproporcional ao risco e à severidade de “possível” perigo, e persiste mesmo quando o perigo não é real.
A ansiedade apresenta sintomas fisiológicos, cognitivos, comportamentais e afetivos. São eles:
Sintomas fisiológicos:
- Aumento da frequência cardíaca, palpitações;
- Falta de ar, respiração rápida;
- Dor ou pressão no peito;
- Sensação de sufocação;
- Tontura, sensação de “cabeça vazia”;
- Sudorese, ondas de calor, calafrios;
- Náusea, dor de estômago, diarreia;
- Tremor, agitação;
- Formigamento ou dormência nos braços, nas pernas;
- Fraqueza, sem equilíbrio, desmaio;
- Tensão muscular, rigidez;
- Boca seca;
Sintomas cognitivos:
- Medo de perder o controle, de ser incapaz de enfrentar;
- Medo de ferimento físico ou morte;
- Medo de “ficar louco”;
- Medo da avaliação negativa pelos outros;
- Pensamentos, imagens ou recordações aterrorizantes;
- Percepções de irrealidade ou afastamento;
- Concentração deficiente, confusão, distração;
- Estreitamento da atenção, hipervigilância para ameça;
- Memória deficiente;
- Dificuldade de raciocínio, perda de objetividade;
Sintomas comportamentais:
- Evitação de sinais ou situações de ameaça;
- Esquiva, fuga;
- Busca de segurança, reasseguramento;
- Inquietação, agitação, movimentos rítmicos;
- Hiperventilação;
- Congelamento, imobilidade;
- Dificuldade para falar;
Sintomas afetivos:
- Nervoso, tenso, excitado;
- Assustado, temeroso, aterrorizado;
- Irritável, irrequieto;
- Impaciente, frustrado.
Fonte: Beck e Clark, 2013, p. 28.
Segundo Leahy (2011) quem sofre de um transtorno de ansiedade tem maior tendência a se tornar clinicamente deprimido, o que dá a impressão de apresentar dois transtornos distintos. Também há maior tendência a fazer uso de substâncias como o álcool.
Há seis transtornos de ansiedade conhecidos, cada um com suas particularidades, entretanto, todos têm como base o instinto de sobrevivência humana, manifesto de diferentes maneiras, de acordo com estímulos e situações aos quais a pessoa está submetida. São eles: o transtorno de ansiedade de separação, as fobias específicas, o transtorno de pânico, o transtorno de ansiedade generalizada, o transtorno de ansiedade social e o transtorno de estresse pós-traumático. Qualquer dessas condições pode afetar de maneira drástica a vida do indivíduo, além de levar à depressão, reduzir sua efetividade no mundo e prejudicar as relações.
Segundo David Clark e Aaron Beck (2012, p. 22) “a presença de um transtorno de ansiedade aumenta significativamente a probabilidade de ter um ou mais transtornos de ansiedade adicionais.” Os transtornos de ansiedade pura, acabam sendo menos frequentes do que a ansiedade comórbida.
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